quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O som do carro ou o carro do som?

Estou muito feliz de ter estado de férias por 10 dias na Praia do Saco, na cidade de Estância, a cerca de 70 km de Aracaju, que adoro e visito frequentemente porque tenho parentes na cidade. Adoro também porque adoro o Nordeste, o clima, a paisagem, as praias e a natureza!

Mas fiquei chocada de ver, na praia e depois na cidade, a eloquência e a falta de educação dos endinheirados locais. Explico: o sujeito compra uma maravilhosa Hilux 4X4, atrela uma carreta com um equipamento de som completo, desses que se usa em trio elétrico, coloca uma “música”, em áspas porque são todas de gosto duvidoso, e sai pelas ruas compartilhando sua exibição insana pelas ruas, bares e pior, pelas praias. O silêncio os incomoda, efetivamente. Graças a Deus eles passaram apenas algumas horas na região onde eu estava, porque, imagino, a natureza era muito singela, o mar fazia mais barulho que eles e o vento os torporizava.

A natureza é exuberante, a simplicidade das pessoas do local chega a emocionar. A maioria, por mais difícil que seja a vida, está sempre com um sorriso no rosto, mas os endinheirados e sem cultura, ou emergentes com a decantada “falta de cultura para cuspir na estrutura” (Toca Raul!!!), demarcam seus territórios prepotentes e ostentam suas posses em alto brado.

Soube depois que há lei local e federal para coibi-los, mas quem se arvora a chamar as autoridades? E haveria a necessidade de intervenção do Exército para debelar tantos infratores. Gente, eram muitos, mesmo.

Bem, como sou uma “devota” de Dom Quixote, conclamo a todos os cidadãos de bem e cumpridores das leis a se posicionarem contra essa maldita moda do som de carro ou carro de som. Vocês podem e devem chamar a POLÍCIA quando esses energúmenos prepotentes vierem compartilhar suas músicas na sua orelha, sem sua autorização ou solicitação.

Aqui em São Paulo, ou seja, na minha casa, não permito esse tipo de violência perto de mim. Na Praia de Toque-toque, algumas raras vezes apareceram essas antas eloquentes e se arrependeram de ancorar por lá, pois se frustraram em sua necessidade exibicionista. Se a “chata de plantão”, eu mesma, não pode ter o direito de dormir, conversar, ler, ouvir sua própria música etc, haverá uma solicitação gentil para que o som seja reduzido e se não for atendida, chamo a polícia e assumo a batalha de peito aberto. Resultado? TODOS os meus dias por lá eram de paz e respeito a mim e ao próximo. Garanto que vale a pena combater esses doentes!