quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Na epidemia a gente se vê ...

Por Sandra de Angelis


Eu tenho visto médicos, esteticistas, psicólogos, personal trainers, cabeleireiros, músicos, artistas soçobrarem em suas expressões, no mar da web e em meio à tormenta da pandemia.

De repente, quando nos vimos confinados em nossos quadrados, uma rota de fuga foi traçada em direção à web. Aulas regulares, atendimento médico, terapia, show, festas e encontros virtuais ganharam as “URLs”, de nossas telas eletrônicas. Na mesma toada, os empreendedores correram para as redes sociais para expressar seus diferenciais...O sobrinho talentoso, a filha que quer fazer publicidade ou o estagiário da empresa da sua prima, passaram a assumir as frentes de expressão da web. Isso para os mais afortunados, porque aqueles empreendedores que não tinham receita mínima para bancar essa garotada criativa, foi “solo” pra web e para as redes sociais, com a cara e a coragem.






Sim, é isso mesmo! Na luta pela sobrevivência, cada um tem dado seu jeito e eu não tenho feito diferente. Um problema que estava meio velado, entretanto, emergiu com toda essa exposição OVER. Empreendimentos, iniciativas, negócios, empresas e profissionais, que não tinham uma estratégia de comunicação interna ou individualmente, ficaram “nus” na web, se seus públicos alvo fossem pessoas minimamente alfabetizadas.

Tenho lido verdadeiros “assassinatos” gramaticais no Instagram, tenho visto lives inócuas nas redes e expressões inúteis no Youtube, mas o ponto central de todas essas expressões é a FALTA de um planejamento estratégico de comunicação, afora a displicência em relação à língua pátria.

Sua empresa, empreendimento ou iniciativa pessoal não tem recursos para contratar um profissional ou uma agência para fazer esse trabalho com o mínimo de coerência e foco estratégico? Ok, respeito e compreendo, mas não custa consultar o dicionário para checar se a ortografia e a gramática do nosso idioma  estão sendo respeitadas. Não custa nada refletir sobre qual será a ideia central da sua expressão e para quem esta mensagem será direcionada. Perde-se o fio da meada em meio ao vale-tudo e há grande chance de perder clientes em meio às audiências dissipadas das redes sociais.

Qualifique suas expressões, pois isso fará a diferença em relação às suas competências e diante da concorrência.