segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Pela Manga e contra a Jaca

Direto de Belém do Pará, lanço o manifesto político pelo Pé de Manga e contra o "pé na jaca"! Inspirada nas mangueiras seculares que abundam pelas ruas de Belém, digo que a gente tem de valorizar o que há de abundante neste país.

O fato é que quem disse que o Brasil é um país pobre, tem um problema sério de foco. Porque a abundância por aqui é recorrente, do tal Oiapoque ao Chui.

A cidade tem um milhão de habitantes e uma região metropolitana com outras 700 mil pessoas. As ruas, tomadas pelas mangueiras frondosas, são tomadas também pelas mais famosas grifes do país.

A criminalidade, entretanto, assusta até carioca! Como assim?

Enquanto os nossos políticos replicam o modelo extrativista dos nossos colonizadores, desperdiça-se vida e esvai-se essa abundância que insiste em resistir, apesar de quem esteja exercendo a governança da "coisa" pública.

Pelos casarões coloniais, os que não tiveram o privilégio do restauro, a natureza exuberante (porque não me lembro de palavra mais intensa) predomina e toma conta dos azulejos portugueses e dos telhados talhados nas coxas dos escravos daqueles tempos coloniais.

Daí me ocorre que esses nossos gestores, os donos do poder, concedido por nós mesmos, durante essas campanhas eleitorais de tempos em tempos, poderiam sacar que a política “da mão para a boca”, ou seja, pelos ganhos imediatos e em favor de interesses escusos, é uma burrice generosamente abundante.

Pois que se a natureza, com sua abundância, seguir seu curso, a “colheita” política será muito mais profícua, tal como é a safra de manga nessa bela cidade do Norte deste belíssimo pais, abençoado por Deus (sic) e bonito por meio da Natureza!

Então, está lançado o meu movimento político, em favor da abundância das mangueiras e contra a prática do “pé-na-jaca” dessa nossa classe política que nos desonra ano após ano, pleito após pleito!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Personal Driver - Um conto de Fadas com final feliz!!!

Neste fim de semana vivenciei as agruras e as doçuras da Lei seca! Sabadão rolou uma daquelas festas que estávamos todos esperando. Ambiente bacana, lista VIP, seleção musical feita à mão e os melhores amigos por perto, mas no olho da Vila Madalena!

Bem, nada que um táxi ida-e-volta não resolva, porque euzinha não vou deixar de tomar a minha sagrada cerveja na festa! Ah, isso eu não vou mesmo! Disque - táxi na porta, me "achei", quando não precisei ser extorquida por um estacionamento lotado de R$12,00, ou ter de ser achacada por um maldito flanelinha, que gosta de encher o saco de quem sai pra se divertir.

Na saída, um outro táxi à porta do estabelecimento me entregou sã e salva em casa, como se fosse uma carruagem da princesa e, na boa, o custo do investimento foi de R$ 40,00 para das duas corridas. Tá fácil!

Mas eu inventei uma pilhéria - uma campanha à procura de um namorado, rico, bonito, cheiroso e abstêmio habilitado! Até ontem, era a única maneira de conseguir manter a minha agenda boêmia em dia, sem medo de ser feliz (argh! essa frase é do tempo que eu era petista!)

Porque esse negócio de bolar estratégia pra "escapar" da polícia, além da violência urbana, não tem graça nenhuma! Os meus direitos, a cada dia, se reduzem, e os meus deveres só aumentam! Onde é que puseram a tão valiosa temperança na Dona Cidadania?

Mas ontem, o Olympio me ligou, convidando para uma cerveja no Filial, bem no olho da Vila Madalena, e eu não hesitei em aceitar o convite. Chamei a Beth, o Neguinho e quem mais quisesse ir, e lá fui eu! Foi só eu chegar à porta do boteco, vi umas três viaturas da CET zanzando pra baixo e pra cima! Entrei no bar realmente mal-humorada, chutando lata, mesmo!

Pô, que graça tem estar no bar com seus amigos e passar a noite inteira com uma garrafa de água com gás? Mas eu não sabia que em instantes , TODOS os meus problemas estariam resolvidos! Não! Não conheci o tal homem que se enquadraria nos quesitos para namorado! Mesmo porque, tudo o que eu precisava mesmo era de um abstêmio habilitado, lembra?

Pois agora tem um serviço de "Personal driver", uma entrega em domicílio. A coisa funciona assim: você liga para o celular 7869-2211 e solicita o seu "Jarbas" de ocasião. Em instantes aparece um sujeito vestidinho de motorista, no estilo inglês, muito chic! O fofo assume o volante do seu carro, enquanto um outro sujeito nos segue com uma moto. Claro que o seu Jarbas de ocasião não vira fumaça depois que faz a entrega, não é, Serginho? O carinha da moto leva o fofo de volta, para serem os anjos da guarda de mais um motorista que não está a fim de entrar para as sendas dos crimes de trânsito.

Ao chegar em casa, você paga o serviço, que no caso me custou R$ 20,00 e pode viver FELIZ PARA SEMPRE, um verdadeiro conto de fadas para poder manter sua rotina boêmia sem entrar para as sendas dos "fora da lei"!

Viva a inteligência e o empreendedorismo desta nação!!

Obrigada, mesmo! Porque a vida andava perdendo a graça, que agora é recobrada!!!


Ah! Havia me esquecido de dizer que NÃO vou mais trocar de carro. Vou esperar meu Pálio 99 apodrecer e investir meu rico dinheirinho em Jarbas, táxi e cerveja, tá?

terça-feira, 3 de junho de 2008

Franz Kafka - signo regente do modelo de operação das teles no Brasil

O assunto é difícil até de explicar, mas eu vou fazer o maior esforço porque vale a pena que todo mundo saiba dessa confusão "kafkaniana" de hoje. Eu digo "de hoje" porque já protagonizei várias e presenciei outras tantas similares, em relação à VIVO, à Net, à Claro, à TIM, à Telefonica e etc...
Para quem ainda não leu "O Processo", de autoria do misterioso Franz Kafka, a trama conta a história de Josef K., julgado e condenado por um crime que ele mesmo ignora, um pesadelo sem fim e angustiante... Os adjetivos cabem bem à relação entre o consumidor de qualquer uma dessas empresas citadas, tranquilamente.
O episódio de hoje diz respeito à VIVO
Eu tenho um aparelhinho Motorola, adquirido há dois anos e que até hoje, mesmo sendo usuária de um Moto Q, tenho esse modelinho modesto como Plano B. Se o Moto Q falhar, habilito minha linha no Plano B e não fico sem telefone.

Às vezes, empresto para um amigo que está às voltas com situações similares e tudo fica lindo, enquanto a manutenção faz a sua parte. Nesta terça-feira, dia 03/06, ao enfrentar mais de duas horas na espera do *8486 da VIVO, para habilitar a linha do meu amigo Stein, cujo Moto Q havia pifado, fiquei sabendo que não poderia proceder a habilitação porque o meu aparelhinho velho estava habilitado com uma linha pré-paga número (11) 7179-8618 !!!!

Como assim? Não reconheço esse número e não tenho a menor idéia de como isso ocorreu !!!!
....Mas daí eu pensei: a não ser que algum funcionário da loja da Vivo do Shopping Villa Lobos o tenha habilitado com essa linha, inadvertidamente, para atingir, talvez, o seu plano de metas!?!!!???
O fato pode ter ocorrido na última vez que habilitei uma linha nesse aparelho, e como eu não o usava, claro, ficou tudo por isso mesmo.

A pessoa do Callcenter da Vivo que me informou sobre isso disse que ela não podia fazer a habilitação da linha do Stein enquanto essa linha pré-paga estivesse habilitada no meu aparelho, e também não podia identificar e cancelar a linha do sistema, porque ela era do Vivo Empresas e esse assunto seria da competência do Vivo Pré-pago e que euzinha, a vítima, seria transferida para o setor "competente" (SIC).... mais 5 minutos de espera, para ouvir mais um desaforo da próxima atendente: "A senhora tem de se dirigir a uma loja da VIVO porque nós não podemos desabilitar a linha pelo sistema!!!"
E ela não podia registrar um protocolo de atendimento porque a tal linha de Franz Kafka não tinha nenhum CPF identificado!!! Portanto, nem reclamar para a Anatel eu podia até aquele momento. Afinal de contas, cliente pré-pago só leva chinelada desse callcenter!!!
Ao que eu, aos berros, disse: Vou ter de ir a uma nefasta loja da VIVO, pagar estacionamentom perder duas horas do meu dia para solucionar um problema que não fui eu que criei???? Como assim????


Para encurtar a redação, depois de ouvir os meus gritos indignados a moça me transferiu para o sistema eletrônico onde eu posso "atribuir uma nota ao atendimento recebido"!!! Me sinto uma verdadeira idiota nessa hora, mas sou chata e não desisto. Liguei de novo para o maldito *8486!!!

Minha nova abordagem foi junto ao Atendimento VIVO Pessoa Física, e às rezas ao meu combalido Anjo da Guarda! Encontrei um funcionário bem intencionado do outro lado que me fez a gentileza de desabilitar a misteriosa linha e ainda me registrou um protocolo, de número 5167.1445.0608.
Com esse número, registrei uma reclamação na ANATEL pelo 0800 33 2001 e pretendo mandar esse texto para alguns veículos jornalísticos que designam espaços valiosos para consumidores combalidos.
A linha do meu amigo Stein foi habilitada depois de 14 horas e muita bronca junto ao CallCenter.
E como eu sou uma pessoa dedicada a infernizar essas operadoras de telefonia móvel e fixa, que ganham muito dinheiro sem dar retorno aos nossos investimentos, devo ter uma reunião com uma advogada que vai processar uma empresa de cobrança da Telefonica. Faz um ano que essa empresa me manda cobranças com descontos absolutamente "vantajosos" para eu quitar débitos referentes a duas linhas telefônicias que jamais estiveram no meu nome. Aliás, se fosse um débito comprovado, claro que a empresa já teria mandado meu nome para os órgãos de restrição ao crédito e CPF!!!
Mas esse capítulo eu conto depois. Vou ganhar uma ação e com o dinheiro, juro que vou comprar perfumes e cosméticos em Paris!!!